segunda-feira, 30 de junho de 2014

ANGOLA UM PARCEIRO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DA GUINÉ-BISSAU

Mesma língua, mesmo passado e um destino comum.

Que Deus dê longa vida ao Presidente José Eduardo dos
Santos (Zé Dú).

COMUNICADO DE IMPRENSA

A GSK e a Save the Children oferecem 1 milhão de dólares para inovações a nível de cuidados de saúde em países em desenvolvimento que reduzam a mortalidade infantil

O Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde contribui para uma ambiciosa parceria entre a GSK e a Save the Children, a qual tem como objetivo salvar a vida de um milhão das crianças mais pobres do mundo

LONDON, United-Kingdom, June 30, 2014/ -- A GSK (http://www.gsk.com) e a Save the Children anunciaram hoje o lançamento do seu segundo Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde anual, com o valor de 1 milhão de dólares, na reunião da organização Partnership for Maternal, Newborn and Child Health, realizada na África do Sul.O prémio foi criado para identificar e recompensar as inovações a nível de cuidados de saúde, que tenham demonstrado reduzir com sucesso a mortalidade infantil nos países em desenvolvimento.

Logo GSK: http://www.photos.apo-opa.com/plog-content/images/apo/logos/glaxosmithkline.jpg

Photo: http://www.photos.apo-opa.com/index.php?level=picture&id=1204 (Sr. Andrew Witty, Diretor Executivo da GSK)

Entre 27 de junho e 25 de agosto, as organizações dos países em desenvolvimento podem nomear exemplos de abordagens inovadoras a nível de cuidados de saúde que tenham descoberto ou implementado.Estas abordagens devem ter resultado em melhorias tangíveis na taxa de sobrevivência entre crianças com menos de 5 anos, ser sustentáveis e ter potencial para serem reproduzidas e implementadas a uma escala maior.Este ano, vai ser dado interesse e atenção especiais a trabalhos desenvolvidos com vista a aumentar a qualidade dos, ou o acesso aos, cuidados de saúde por parte dos recém-nascidos.

O ano passado, o primeiro prémio foi atribuído à instituição de caridade Friends of Sick Children (FOSC), do Malawi, devido ao seu kit "de bolha" Continuous Positive Airway Pressure (CPAP [Pressão Positiva Contínua das Vias Respiratórias]), que demonstra o impacto positivo de inovações simples e de baixo custo.A "bolha" ajuda os bebés com dificuldades respiratórias, frequentemente provocadas por infeções agudas, como a pneumonia, ao permitir que os pulmões se expandam de modo a facilitar a respiração.Já se utiliza uma versão similar com regularidade nos países desenvolvidos, mas esta tem um custo mínimo de 6000 dólares.Esta inovadora "bolha" CPAP de baixo custo pode ser produzida por cerca de 400 dólares.

A FOSC recebeu um prémio no valor de 400.000 dólares que, em conjunto com o financiamento proveniente do Ministério da Saúde do Malawi, vai permitir à FOSC, e respetivos parceiros, partilhar esta tecnologia salva-vidas com os hospitais de ensino na Tanzânia, na Zâmbia e na África do Sul.

O painel de jurados, presidido pelo Sr. Andrew Witty, Diretor Executivo da GSK, e pelo Sr. Justin Forsyth, Diretor Executivo da ONG Save the Children, e constituído por especialistas de diversas áreas da saúde pública, ciência e investigação, vai atribuir uma parte dos fundos à melhor inovação a nível de cuidados de saúde, para apoiar o seu desenvolvimento.Os restantes fundos serão disponibilizados para os prémios dos outros classificados, conforme decido pelo painel de jurados.

O prémio também tem como objetivo proporcionar uma plataforma para as organizações vencedoras apresentarem as suas inovações e partilharem informações com outras partes interessadas na melhoria dos cuidados de saúde infantis, em alguns dos países mais pobres do mundo.

Sr. Andrew Witty, Diretor Executivo da GSK afirmou:“Estamos empenhados em trabalhar em parceria com outras organizações e o nosso trabalho com a Save the Children é um excelente exemplo de como podemos utilizar os nossos conhecimentos científicos e alcance para contribuir para a melhoria dos resultados da saúde de pessoas de todo o mundo.Graças a este prémio, os vencedores do ano passado já tiveram um tremendo impacto, e queremos continuar a apoiá-los à medida que desenvolvem inovações que podem ser reproduzidas e implementadas em grande escala, para ajudar a reduzir a mortalidade infantil em alguns dos países mais pobres do mundo.”

Justin Forsyth, Diretor Executivo da Save the Children afirmou: “Sabemos que para fornecer cuidados de saúde que possam salvar a vida de crianças às quais é difícil chegar, são precisas ideias e abordagens novas e ambiciosas.Através do Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde do ano passado, foi possível encontrar novas inovações que estão a salvar vidas e que podem ser reproduzidas de forma a chegarem ainda a mais crianças.Este ano, esperamos descobrir mais soluções pioneiras que venham a ter um impacto ainda maior nas crianças mais vulneráveis do mundo.”

Embora o progresso dos últimos anos tenha sido bom, ainda morrem 6,2 milhões de crianças com menos de 5 anos, todos os anos no mundo.Frequentemente, estas crianças vivem nas comunidades mais remotas e marginalizadas.O Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde da GSK e Save the Children visa descobrir e encorajar a reprodução dos melhores e mais inovadores exemplos de cuidados de saúde de modo a ter o maior impacto nas crianças vulneráveis.

O Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde foi anunciado após o lançamento da ambiciosa parceria entre a GSK e a Save the Children, em maio de 2013, que tem como objetivo salvar a vida de um milhão de crianças nas comunidades mais vulneráveis a nível mundial.Um dos aspetos mais excecionais desta parceira é o foco no trabalho conjunto para maximizar as inovações com vista a combater a mortalidade de crianças com menos de 5 anos.Por exemplo, a organização Save the Children está a ajudar a GSK na pesquisa e desenvolvimento de medicamentos próprios para crianças e, por isso, pertence à Comissão de Investigação e Desenvolvimento para acelerar o progresso de intervenções inovadoras que permitam salvar a vida a crianças com menos de 5 anos e identificar formas de garantir o acesso mais generalizado possível nos países em desenvolvimento.

Por reconhecer que a inovação pode ter muitas formas e feitios, o Prémio de Inovação em Cuidados de Saúde tem critérios amplos e permite a inclusão de abordagens centradas em qualquer aspeto dos cuidados de saúde, incluindo a ciência, nutrição, investigação, educação e trabalho de parceria.

Para obter mais informações sobre o processo e os critérios de apreciação, consulte http://myg.sk/HealthcareInnovationAward. As inscrições terminam a 25 de agosto às 23h59 (GMT).Os vencedores serão anunciados em dezembro de 2014.

Distribuído pela APO (African Press Organization) em nome da GlaxoSmithKline (GSK)


Notas para os editores:

Os nomeados devem:

1)        Ser originários de um país classificado como de rendimento "baixo", "médio baixo" ou "médio alto", pelo Banco Mundial (http://data.worldbank.org/country) e que não pertença à União Europeia (http://europa.eu/about-eu/countries/index_en.htm).Os países classificados como de "alto rendimento" pelo Banco Mundial ou pertencentes à União Europeia não são elegíveis

2)        Pertencer a uma organização sediada num país elegível e apresentar uma inovação utilizada para o benefício dos habitantes de um país elegível

GSK (http://www.gsk.com)  – uma empresa de cuidados de saúde e farmacêutica líder mundial em investigação – está empenhada em melhorar a qualidade da vida humana ao permitir que as pessoas façam mais, se sintam melhor e vivam durante mais tempo.Para obter mais informações, visite http://www.gsk.com.

Sobre a organização Save the Children:
A Save the Children desenvolve a sua atividade em mais de 120 países.Salvamos a vida de crianças.Lutamos pelos direitos das crianças.Ajudamo-las a aproveitar o seu potencial. www.savethechildren.org.uk

CONHEÇA AQUI EM PRIMEIRA MÃO TODOS OS MINISTROS E SECRETÁRIOS DE ESTADO

Dentro de 48 horas conheça os futuros membros de Governo aqui no seu blog.

MUNDIAL BRASIL 2014: HOJE AS DUAS SELEÇÕES AFRICANA QUE PASSARAM PARA OS OITAVOS DE FINAL ENTRAM EM CENA. VAMOS TODOS TORCER PARA A NIGÉRIA E ARGÉLIA.

-- A "NIGÉRIA" joga logo as 16 horas de Bissau com a poderosa "FRANÇA".

-- A "ARGÉLIA" joga logo a noite (20H00) com a "ALEMANHA".

Ainda sobre a COPA do BRASIL, dois jogos dos "Quartos de Final" já são conhecidos:

-- BRASIL X COLÔMBIA

-- HOLANDA X COSTA RICA (Seleção Revelação).

O NOVO PRESIDENTE DA ANP, CIPRIANO CASSAMA, ESTÁ A REUNIR-SE NESTE MOMENTO COM OS EMBAIXADORES ACREDITADOS NO PAÍS. TUDO INDICA PARA INFORMÁ-LOS SOBRE AS LINHAS MESTRAS QUE ORIENTAM O MANDATO DO NOVO PARLAMENTO E PEDIR AJUDA PARA O FUNCIONAMENTO DA ANP QUE ESTÁ SEM UM ÚNCO CENTAVO NO COFRE. QUE CHATIIIICEE PÁ!!!!!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

DEPOIS DE QUASE DOIS MESES FORA DA TERRA O DIRECTOR DO PROGRESSO NACIONAL ESTA DE VOLTA.

Pa djintis mara dala pabia BOMBA na bim gossi gossi.

BARDADI SENTIDO DE ESTADO KUNSSA NA TEM MASS

AMPUS!

OS NOMES DOS MEMBROS DO GOVERNO SERAO CONHECIDOS NA SEGUNDA FEIRA QUANDO O PRESIDENTE JOMAV REGRESSAR

ATE LA VAMOS ABRANDAR OS CAVALOS.

ANDA MEIO MUNDO A ESPECULAR SOBRE QUEM SERÃO OS PRÓXIMOS MINISTROS

- Fulano vai para o Ministério dos Negócios Estrangeiros
- Cicrano vai para o Ministério da Defesa Nacional
- Beltrano vai para os Recursos Naturais

MAS QUEM É QUE VERDADEIRAMENTE SABE A LISTA
DOS PRÓXIMOS MEMBROS DO GOVERNO ?

A ÚNICA PESSOA QUE SABE É O PRIMEIRO MINISTRO.

TUDO O RESTO I SOM PÓ, SOM PÓ, MA DIDIMÉM SOM PÓ
NA GUINÉ CALA. 

OPINIÃO: ESPERANÇA RENOVADA

Já lá vão algumas décadas que a Guiné-Bissau se tece num emaranhado de acontecimentos desastrosos, que em nada abonam o seu povo.
Facto que fez a nação guineense mergulhar no mar negro de incertezas:
Os mais “ricos” vivem de frustração e desânimo e os mais pobres, esses, tornam-se cada vez mais miseráveis; Os velhos carregam o fardo do abandono, as mulheres sentem-se descriminadas, as crianças e os jovens vêem os seus sonhos comprometidos e as esperanças dilaceradas.

A reposição da legalidade constitucional no país é intensamente vivida pelo povo, como uma nova independência: a independência que cumprirá todas as promessas; a independência que investirá naquilo que temos de mais valioso - o povo; a independência com que Amílcar Cabral sonhou um dia.

Estamos a viver não só um momento excelente, como temos motivos, mais que suficientes, para renovar a esperança e trilhar melhores caminhos, rumo à ordem e ao progresso. Estão reunidos todos os requisitos para que os próximos anos sejam muito melhores.

Em torno da dupla, JMV e DSP gera uma grande expectativa. São duas personalidades que inspiram confiança mas, no estado que o país se encontra, não podemos esperar milagres destes cidadãos, até porque, a reconstrução duma nação, não se faz com uma varinha mágica nem tão pouco a cantar o Hino.

Podemos esperar sim, do Dr. Domingos Simões Pereira e do seu executivo, liberdade, justiça, segurança, menos corrupção, mais saúde, mais emprego, melhor educação e o restabelecimento da nossa dignidade que são condições básicas que um país soberano precisa.

Podemos esperar sim, do chefe de estado, sua excelência, Dr. José Mário Vaz, o cumprimento das suas promessas, a promoção da unidade nacional, da paz, da estabilidade e (que busque) o equilíbrio que garanta o bem-estar do povo guineense.

De igual modo, podemos esperar que os nossos governantes, com o apoio da comunidade internacional e a participação da sociedade em geral, tudo farão para que: a máfia internacional não aproveite da nossa vulnerabilidade e transforme o nosso paraíso em narcoestado; os interesses menores/obscuros não atrasem ou desviem a nossa caminhada rumo ao desenvolvimento; a má vizinhança não aproveite da nossa fragilidade e usurpe a nossa riqueza; a nossa riqueza seja bem aproveitada e aplicada, no desenvolvimento humano (a história diz que a riqueza bem aproveitada traz progresso caso contrário, provoca conflitos); a nossa economia cresça forte e saudável com o trabalho e o talento do povo guineense.

Só com a união de esforços, como está estampado no brasão de armas do nosso país, “UNIDADE, LUTA E PROGRESSO”, podemos mudar o estado das coisas e construir uma nova Guiné-Bissau.

Parabéns, Dr. José Mário Vaz!
Parabéns, Eng. Cipriano Cassamá!
Parabéns, Dr. Eng Domingos Simões Pereira!
Parabéns, Guiné-Bissau!

Mantenhas...

Londres, 25/06/14.
Vasco de Barros.

UNIÃO AFRICANA SAÚDA O REGRESSO DA GUINÉ-BISSAU

A ministra ganesa dos Negócios Estrangeiros, Hanna Tetteh, saudou hoje, em declarações à Lusa em Malabo, Guiné Equatorial, o regresso da Guiné-Bissau à União Africana, depois da normalização democrática do país.

VEJA AQUI

DIPLOMACIA DE TIMOR LESTE FELEICITA O NOVO PRIMEIRO MINISTRO DA GUINÉ-BISSAU

O chefe da diplomacia de Timor-Leste, José Luís Guterres, felicitou hoje o novo primeiro-ministro
da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, e desejou que haja estabilidade para o desenvolvimento arrancar no país.

VEJA AQUI

segunda-feira, 23 de junho de 2014

10 PRESIDENTES PARA A TOMADA DE POSSE É SINAL DE CONFIANÇA NESTE PAÍS

Agora vamos por mãos a obra.

OPINIÃO:DR. EDUARDO MONTEIRO: "APOIEI A CANDIDATURA DO DR. PAULO GOMES PARA PRESIDÊNCIA DA GUINÉ-BISSAU E, VOLTAREI DA MESMA FORMA E SINERGIAS A FAZER O MESMO OU MUITO MAIS"



Entrevista: com Dr. Eduardo Monteiro (Dade)

Agradeço esta singela oportunidade concedido CONOSOBA, Um Blogue pelo qual admiro muito o trabalho desenvolvido sem meios e muito rapidamente superou as expectativas, por isso, aproveito este ensejo para apresentar os meus parabéns a CONOSABA, em particular ao seu promotor um companheiro de outras andanças, lutador pelas causas e surpreendentemente aparece-nos com um blogue com a Guiné no coração lutando incessantemente pela democracia. Um bem-haja ao Pate “Cuma home i ca ta medido na tamanho”.

1-Conosaba: Dr. Eduardo alguma vez sentiu arrependido de ter apoiado o candidato Paulo Gomes para a presidência da República da Guiné-Bissau? E voltaria apoia-lo se as eleições fossem hoje de novo?

EDUARDO MONTEIRO: Quanto ao meu apoio, engajamento no projeto Nô Muda Rumo, muito antes de DR Paulo Gomes, decidir vínhamos falando sobre a mudança politica, no país nomeadamente a mais alta magistratura do Estado, uma vez que, não tendo o Partido não era possível pensar no governo. Quero aqui exprimir que fui professor do DR Paulo Gomes, desde logo revelou-se diferente, com um perfil próprio, estudioso e sempre organizado, muito polido no seu ser e estar, deixou sempre algo no ar entre todos os seus professores a suspeição, era um aluno diferente entre seus colegas, ele vinha de grandes cidades, França e a maioria dos seus colegas vinham do campo, dos internatos, revelava a sua discrição e a urbanidade no seu comportamento.

Responder a sua pergunta de forma direta di-lo-ei que por conhecer o Paulo Gomes e acredito piamente nas suas potencialidades e dignidade e nacionalismo, voltarei da mesma forma e sinergias a fazer o mesmo ou muito mais. Acompanhei o seu percurso de forma direta e indiretamente sempre marcou entre os quadros nacionais pela diferença, a sua passagem como fundador e dirigente de PCD, deixou indubitavelmente uma marca e a diferença.

Também a sua passagem pelos diversos sectores público nomeadamente as áreas da economia e cooperação internacional, deixou marcas de competências e trabalho muito embora para muitos na Guiné passou despercebido e agora de forma clara demostrou seu perfil.

Paulo Gomes, tem um projeto político, económico e social de Estadista, ambicioso para o nosso pequeno país outrora com muito prestígio. 

Todavia, demonstrou como e onde ir buscar os apoios, repetidas vezes disse que são os guineenses que terão de transformar a desorganização, indisciplina de coisa pública numa mudança de mentalidade, elegendo a educação como o suporte indispensável para a mudança que se impõem. Recordo-me da sua afirmação no Porto é com educação que formaremos: melhores professores, médicos, engenheiros e outros, tendo um ensino com nível de 1ª sem esqueceremos de olhar pela nossa agricultura e condições geográficas do país continental e Insular para propor o Turismo de qualidade, tendo em linha de conta que, todo o progresso deve ter como centro o homem o motor do desenvolvimento visando sempre empregabilidade e o bem-estar da população.

Ao reconhecer a sua derrota felicitou os vencedores, assumiu perentoriamente que não dava orientação de votos e fê-lo com muita proeza e dignidade. Disse que, não é preciso estar no Governo para servir o país, isto para as pessoas atentas foi uma atitude sui geniris na Guiné Bissau e mantem intacto a palavra dada.
2-Conosaba: Depois de tantos anos em Portugal, pensou um dia regressar ao seu país natal?

EM:Obviamente que sim, é o desejo de todos guineenses que vivem na Diáspora, o sonho é sempre regresso a base, foram as próprias dinâmicas do percurso do passado histórico recente que não permitiram este regresso definitivo, até porque, já tinha uma empresa em Bissau AFROPOR.G.B acabara de constituir a TROPISSUMO-LDA quando se deu 07 de Junho.. O regresso é a prioridade.

3-Conosaba: O que diz sobre a integração dos quadros guineense na Diáspora no processo de desenvolvimento na Guiné-Bissau? A expectativa é grande, muitos pensam regressar brevemente ao seu país? A integração vai ser fácil? 

EM:Face a conjuntura internacional, a crise no sul da Europa, também a igualdade de oportunidade é cada vez mais escassa, porque todos os quadros formados têm ansiedade de poder aplicar os conhecimentos científicos no seu próprio país, no seu habitat ou seja a realidade que melhor conhece e estar ao lado da família e amigos, sem dúvida é um desiderato de todos os quadros guineenses.

O país não tem proporcionado esta igualdade oportunidade desde 1980 que os valores de saber foram invertidos, passou a ser priorizado, influências de proximidade, familiares, nepotismo relegando ao último plano a competência, dando mais valores aos mentirosos “diz que diz”, espécie de uma secreta, pelos detentores de cargos públicos. (desconfiados com todos que revelavam competências) Tal inversão prejudicou incomensuravelmente o desenvolvimento do país.

Hoje a expectativa é grande e deveras sérios e não pode falhar, até porque o povo confiou os votos a uma nova geração, diga-se de passagem aos tecnocratas, os que A.C. dizia flores da nossa luta, hoje homens.

Ora, o regresso é eminente e o Estado através de grupos organizados ou manda-los organizar, deve discutir planificadamente o regresso dos quadros da Diáspora, são imprescindíveis para a sustentação equilibrada nas mesas de negociações e implementações do almejado desenvolvimento, (até aqui tem sido vergonhoso os nossos representantes nas mesas das negociações com parceiros multilaterais e bilaterais) não sei têm noção disso, até porque ao negociar, as partes têm que sentir o peso e competências das mesmas de forma paritária e com o sentido patriótico.

O regresso não pode ser leviano uma vez que, muitos quadros tem a sua família e a vida organizada não se trata como muitos governantes de forma irresponsáveis abrem a boca dizem “ riba, ma i bu terra” o Estado deve encontrar formas estratégicas de regresso no quadro da cooperação multilateral e bilateral, um regresso que não vá apenas ser absorvido pelo Estado, mas também pelo sector Privado devidamente organizado a impulsionar empresários de facto e não “testas de ferro”.

Nosso Sector privado infelizmente ainda é quase nulo, deve ser discutido em conjunto, um plano estratégico com sentido estruturante e o empreendodorismo a curta, médio e a longo prazo. 

O Sector Público / Privado, forte, organizado com dois objetivos concretos que pague impostos como forma de gerar riqueza a um Estado forte que possa sustentar o sectores sociais “produzir qualitativamente ter presente a empregabilidade, por forma alicerçar e dinamizar o tão desejado desenvolvimento sustentável, almejados por todos quadros e o povo em geral.

4-Conosaba: Todos os indicadores apontam para o arranque do país para um bom porto, será?

EM: Estão reunidas as condições subjetivas e objetivas para tal, desde que os ingredientes sejam implementados: A conceção, projeção de um plano estratégico o ajustamento estrutural e uma economia virada para desenvolvimento, tendo em linha de conta, as competências, patriotismo em negociar os recurso do povo soberano da Guiné Bissau. 

A monitorização de todos projetos de desenvolvimento, quer financiados com recursos internos ou recurso externos, devem sempre salvaguardar objetivos viáveis, sustentáveis, com a ambição de lograr a resultados positivos. Pois, isto passa pela renegociação de todos os contratos celebrados em nome do Estado que lesaram os interesses do País. Contratos que lesa a dignidade do Estado e do País. Acreditem respeitando as regras e olhando sem complexo para os melhores exemplos e boas práticas dos países de referências abutiremos rapidamente a um bom Porto.

5-Conosaba: Há ou não projetos ‘pessoais’ para o nosso país? Como pensa implementá-lo?

EM:Obviamente que sim! Sempre tive e com alguma experiência tanto no sector empresarial e hoje no social. O país não o proporcionou, ora, sempre que se crie expectativas é interrompido inconstitucionalmente. Esperemos que estão criadas as condições subjetivas e objetivas para sua edificação.

6-Conosaba: Dizem que o nosso país é muito rico, concorda?

EM:Pois, abundam as informações, outras meras especulações e muitas vezes feita deforma propagandista para chegar ao poder, parece que temos alguns minérios, umas jazidas, temos um mar rico, cardumes com tendências estacionárias, para dizer enormes diversidades em faunas marítimas. Segundo os estudos publicado sobre a fauna marítima em 2011 a zona exclusiva da Guiné Bissau, situa-se como 2º pais mais rico, em áfrica depois da Nabia, temos uma fauna pouca migratória , temos uma floresta densa e rica ,somos um país continental e Insolar, com mais 80 ilhas, com recursos haliêuticos, incomensuráveis uma biodiversidade equilibrada, ora, temos tudo para o melhor turismo da Africa ocidental.

O nosso mosaico dos povos ou seja etno-cultura de valores invejáveis

Somos um país com povos animistas, Islamizadas e cristianizadassociedades verticais ehorizontais com as linhagens patrilinear, matrinear,monogâmica, poligâmica e poliândrica. Tudo isso, são grandes capitais culturais devidamente valorizada para apelar um turismo pela qualidade e pela diferença e porque não geradora de emprego e riqueza.

A nossa aposta para o desenvolvimento deve ser aquela de A. Cabral. A educação se quer entrar na senda de desenvolvimento económico que proporcione o índice de desenvolvimento de qualidade de vida. 

Quero com isso dizer, quando se propaga ao povo que o país é rico, gera a mentalidade de não trabalhar, ociosidade (matchundade) para além da frenética luta para o poder. Sabemos, só o trabalho imperativamente gerar a riqueza, não haverá distribuição sem a riqueza. O que colocará em causa combate a pobreza.

7-Conosaba: Não ficou surpreendido com a prestação de Timor Leste neste processo de transição no nosso país?

EM:Não! Timor Leste e Angola mostraram-se sempre países gratos, solidários reconhecedores de um passado solidário da Guiné Bissau.

A primeira Republica de então Malogrado Presidente Luís Cabral, foi dirigente com grande visão de Estado e da Diplomacia. 

Começo por revelar e dito pelo próprio, tenho algum documento deixado pelo mesmo. 

Em 27 de Maio de 1976, recebeu a seu convite sub-repticiamente alguns dirigentes de Libertação de Timor e nessa altura não estava muito claro o Partido “Fretilim” eram nacionalistas e os primeiros guerrilheiros de Timor foram preparados sob a égide de grande confidencialidade e tutelado pelo Comandante Paulo Correia.

A posição da Guiné Bissau em particular pelo PAIGC foi sempre clara perante o povo maubere direta ou indiretamente sobre tudo nas Nações Unidas em articulação com todos os países de língua oficial portuguesa e Portugal.

Também não podemos olvidar que durante o Consolado do General Nino Vieira, a troco de dinheiro cortamos a relação com a FRTELIN e estabelecemos relação diplomática com a Indonésia. 

Período de mau estar perante todos os nacionalistas guineenses, sobre o mesmo e lamentavelmente então Ministro de Negócios Estrangeiros era meu amigo de ABC da política, coisa que até hoje ficou engasgada.

Timor é um grande país, não pelo tamanho, mas pela estatura e dignidade dos seus dirigentes e seu povo reconhecedor.

Ora, quero com isso dizer que, Timor revelou-se pragmático, peremptório, também diga-se de passagem com o dedo de Ramos Horta na sua missão difícil, felizmente como antigo guerrilheiro, Ex Ministro de Negocio Estrangeiros e Presidente da República, percebeu a pedagogia e politicamente como soube transcender o impossível “ e sai da Guiné como um Herói trampolim provável para altos voos.

Timor, vai mostrar a sua grandeza agora durante a sua Presidência pelo seu pragmatismo e tirar a CPLP do marasmo e retórica que falamos a mesma língua e comungamos uma plataforma de culturas. 

Acredito que vai avançar de forma pragmática como foi connosco durante esta crise, Estou convencido que será Timor a iniciar a nova dinâmica que poderá levar algum tempo, a CPLP de livre circulação de pessoas e bens. A Guiné e os guineenses só tem que agradecer o seu pragmatismo e gratidão., A nova Magistratura da Guiné-Bissau deve aliar-se a esta inovadora alteração para o pragmatismo que nos trásTimor Leste.

8-Conosaba: E a reforma das nossas forças armadas...vai ser uma canja para novo executivo? 

EM:Repare, caro amigo, a tão propalada reforma das forças Armadas é necessário mas repleto de falsos problemas.

Em primeiro lugar, seria necessário um recenseamento de raiz dos que são de facto militares e antigos combatentes, segundo consta hoje temos antigos combatentes com 30 anos de idade, ora, tivemos 11 anos de processo de libertação e 40 anos de independência são 51 anos. Muitos dos generais dizem que estiveram nas matas, sempre perguntei a onde e quando? Ora, aquilo que conheço das estruturas do processo os mais novos já escrevi sobre isso, só podem ter passado pelo FAAL e com a nossa Independência integraram -se muitos jovens todos de forma desorganizada que acabara por juntar-se ao PAIGC pós 25 de Abril, vestindo as fardas para apoiar o novo Estado nos controles que foram implantados ao longo do territorial nacional e assim todos acabaram nas Forças Armadas. Vivemos e vive-se uma situação atabalhoada nas Forças Armadas, perante o total desrespeito a R.D.M. onde as graduações substituíram as promoções (sem carreira) como podemos conceber e suportar orçamentalmente estas despesas vitalícias proveniente de atos irregulares e inconstitucionais, por mais sensível que se diga é um imperativo que o novo governo deverá ter em conta com verdadeiro sentido de Estado, não se deve amedrontar, deve rever objetivamente a real situação e não pelas emendas e retalhos criados compulsivamente. A reforma é um imperativo, mas tem que ser feito sem medo assumindo esta condução, leva-lo ao bom Porto e não feita de forma enlatada ou seja os de fora trazer soluções pré-concebidas, sem que, percebam a real situação do nosso País. Deve partir de um plano nacional de reforma das forças Armadas e Segurança. As Forças Armadas têm e devem a sua submissão ao poder eleito democraticamente.

Acrescentaria que Cabo Verde, dever ser chamado diplomaticamente a responsabilidade porque a luta e combatentes foram com objectivo de libertar os dois países, Guiné Cabo Verde, porque o passivo da luta de Libertações nacionais pela maioria encontra-se na Guiné Bissau. Ora,, com uma proposta de Estado, deve Cabo Verde participar e parece que o Governo de Cabo Verde já manifestou-se aberto a partilhar responsabilidade de reforma sobe ponto de vista dos custo e com os seus técnicos, “reformas e pensões”, é um dever histórico e deve ser tratado a um patamar de Estado e coisas do Estado, não da vulgaridade e bocas da rua.

Para terminar desejo maiores felicidades ao Presidente da Assembleia Eng Cipriano Cassama, ao meu amigo Mário Vaz ,Presidente da república e ao Dr. Eng Domingos S..Pereira.

Fim

"TEMOS QUE METER A MAO NA LAMA" PRESIDENTE JOSE MARIO VAZ

Terra ranca....

DEPOIS DA TOMADA DE POSSE DE JOMAV, A QUESTÃO QUE SE COLOCA É: QUANDO ELE VAI DAR POSSE AO PRIMEIRO-MINISTRO, DOMINOS SIMÕES PEREIRA? E QUANDO ESTE VAI TER O SEU ELENCO GOVERNAMENTAL EM FUNÇÕES?

BISSAU ESTÁ COMPLETAMENTE PARADO PARA ASSITIR A CERIMÓNIA DE POSSE DO PRESIDENTE ELEITO, JOMAV. VIATURAS PRIVADAS E DE TRANSPORTE PÚBLICO QUASE NÃO CIRCULAM. TODAS AS VIAS PÚBLICAS ESTÃO ENCERRADAS. QUE CHATICI PÁ!!!!!!

JÁ ESTAMOS A UMA HORA E MEIA DE ATRASO EM RELAÇÃO A HORA MARCADA PARA O INICIO DA CERIMÓNIA DE INVESTIDURA DO CHEFE DE ESTADO, JOSÉ MÁRIO VAZ. TUDO INDICA QUE VAI COMEÇAR DENTRO EM BREVE. OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA CONVIDADOS JÁ ESTÃO A CHEGAR AO ESTÁDIO 24 DE SETEMBRO.

O DIA DE HOJE PROMETE MUITO. PELA PRIMEIRA VEZ UM MANJACO SOBE AO TRONO

OBRIGADO CALIQUISSE POR NOS TERES DADO UM BOM FILHO.

domingo, 22 de junho de 2014

A FORTE CHUVA QUE ESTÁ CAIR AGORA PODERÁ FAZER MOSSA.

Mas antes hoje do que amanhã.

PORTUGAL VAI JOGAR A SUA ÚLTIMA CARTADA HOJE FRENTE AOS IANQUES DOS EUA. ONTEM O GANA DEU UMA BOA RÉPLICA A ALEMANHA, QUASE VENCIA.

OPINIÃO: ALBERTO NAMBEIA, UM DOS POLÍTICOS MAIS BRILHANTES DO PAÍS E QUE "DEUS" SOUBE FAZER CHEGAR NA HORA CERTA À GUINÉ-BISSAU.

Gostaria de pedir a vossa permissão para a publicação deste artigo de opinião sobre um "HOMEM" que um grupo de meia dúzia de golpistas no seio do PRS, inconformados com o rumo que o país está tomando, está tudo a fazer para derrubar. Porque sabem, com Nambeia não haverá lugar para chantagens políticas que sempre foi utilizado por esta corja para desestabilizar a nossa querida Pátria.

Estou a falar de um grupo de militantes e dirigentes do PRS, cujos nomes no próximo artigo foi fazer questão de revelar, para os guineenses, uma vez por todas saibam quem são os seus piores e mais indignos dos seus filhos.

Todos nós conhecemos a grande capacidade DEMOCRÁTICA, recheada de espírito de PAZ, ESTABILIDADE, HUMILDADE e grande dose de HONRA  que fazem de NAMBEIA, simplesmente um guineense que AMA DE VERDADE A SUA PÁTRIA E O SEU POVO..

Aliás, se não fosse tudo isso que o povo conhece deste homem, duvido e muito que o PRS, depois do golpe militar de 12 de abril de 2012, com cunho político de Kumba Ialá, um dos seus carismáticos líderes, conseguiria o maior resultado de sempre da sua história - 41 Assentos no Parlamento. quase ganharia do PAIGC se não fosse o resultado desastroso de Bissau por culpa exatamente destes golpistas que encabeçaram a lista de deputados em quase todos os círculos eleitorais da capital.

Agora pergunto, será que estes golpistas que estão usando um "BLOG" que todos nós conhecemos que só faz trabalho para golpistas, vão conseguir PINTAR DE NEGRO A IMAGEM DE UM HOMEM QUE DEUS MOLDOU E ABENÇOOU PARA A GUINÉ-BISSAU?

Será que esta gente SUJA DE ESPÍRITO E MALDOSA DE ALMA, vai conseguir derrubar uma ROCHA SEMEADA POR DEUS? DUVIDO MUITO.

Para terminar, gostaria de convidar a todos os filhos da Guiné-Bissau. OS BONS FILHOS DA GUINÉ-BISSAU que continuem a ACREDITAR NO ATUAL LÍDER DO PRS, PORQUE ELE SABE E MUITO BEM, QUE A NOSSA QUERIDA PÁTRIA JÁ CHOROU DE DOR  E PERDEU EM ESPERANÇA, E QUE A HORA É CERTA PARA COM OS GRITOS DOS NOSSOS AVÓS, VOLTEMOS DE NOVO A SONHAR COM UM MUNDO MELHOR PARA OS NOSSOS FILHOS.

QUE DEUS ABENÇOE A GUINÉ-BISSAU E OS SEUS MAIS BRILHANTES FILHOS!!!

Como prometi, no próximo artigo trarei os nomes daqueles que querem mais uma vez destruir a nossa esperança!!!!! o mais grave é que, entre os nomes figura um PASTOR DA IGREJA EVANGÉLICA QUE JÁ FOI PRIMEIRO-MINISTRO DE KUMBA IALÁ NESTE PAÍS. AQUELE QUE MAIS DESTRUIÇÃO CAUSOU PARA A GUINÉ-BISSAU, CUJA DÍVIDA EM SALÁRIO AOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ATÉ AGORA NÃO FOI PAGO.  ELE CHAMA-SE ........ ATÉ O PRÓXIMO ARTIGO.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

OPINIÃO:DR. JULIAO SOARES SOUSA - 'NÃO ACREDITO QUE VENHA A HAVER UM OUTRO GOLPE DE ESTADO NA GUINE-BISSAU'




Julião Soares Sousa foi o primeiro guineense a doutorar-se pela Universidade de Coimbra. Historiador e investigador guineense, especialista em História Política da Guiné e de Cabo Verde, Julião Soares Sousa defendeu, em 11 de Janeiro de 2008, em provas públicas, a sua tese de doutoramento, intitulada “Amílcar Cabral e a luta pela independência da Guiné e Cabo Verde 1924-1973”, publicada em livro com o título Amílcar Cabral (1924-1973). Vida e Morte de um Revolucionário Africano. Foi distinguido em 2011 com o Prémio Fundação Calouste Gulbenkian, História Moderna e Contemporânea de Portugal, pela Academia Portuguesa de História.

A sua principal área de investigação é a construção do Estado nos PALOP. Porém, revela ainda particular interesse por outras áreas científicas afins, tais como: História de África, História e Cultura dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, História da Expansão, Colonialismo, Anticolonialismo e Identidades Nacionais, Cultura e Conflito, Conflitos e Resoluções de Conflitos, CPLP e História e Teoria das Relações Internacionais.

Natural de Bula, Guiné-Bissau, vive em Portugal, sendo Investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20), da Universidade de Coimbra.

Em 1991 concluiu a Licenciatura em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). Seis anos depois, em Janeiro de 1997, torna-se mestre em História Moderna, também pela FLUC.


ENTREVISTA COM O DOUTOR JULIÃO SOARES SOUSA


1-ConosabaDepois de tantos anos em Portugal (Coimbra) pensou um dia regressar ao seu país natal?
JS: Sim. Naturalmente. Penso que é o sonho de todos quantos emigram. Recorrentemente todos temos sempre na nossa agenda a vontade de regressar ao país natal e estar ao lado dos nossos familiares, amigos e irmãos. Quem não pensa assim? Infelizmente, para muitos esse sonho acaba por ser apenas um sonho.
2-Conosaba: Há muito se dizia que a Guiné-Bissau é um país muito pobre, será?
JS: Em termos de recursos naturais, recursos humanos ou culturais? (risos…). A Guiné-Bissau não é um país pobre em termos de recursos naturais, humanos ou culturais. Essa é uma ideia veiculada pelo colonialismo durante décadas, inclusivamente, para não despertar a cobiça de outros potentados europeus. Como sabe, gradualmente esta ideia tem vindo a cair e o futuro ainda nos reserva grandes surpresas nesse domínio. Mas há uma coisa que é absolutamente incontornável. O país mais rico não é aquele que tem importantes recursos naturais. Essa ideia é do século XIX. Hoje, o país mais rico é aquele que é capaz de colocar os benefícios desses recursos ao serviço das populações, criando escolas, hospitais, estradas, para acabar com a miséria e o sofrimento em que se vive ou de aproveitar racionalmente os seus recursos humanos. Veja o que se passa hoje à nossa volta com a disputa dos recursos humanos entre países. Quem paga mais leva os melhores. Esse processo já está a acontecer em África. É aqui que está a chave de países como o nosso se for capaz de mobilizar os seus recursos humanos que se encontram espalhados pelos quatro cantos do globo.
3-Conosaba: na sua opinião a Guiné-Bissau é um país adiado?
JS: A Guiné-Bissau não é um país adiado. Tem vivido muitos sobressaltos, é certo, mas está longe de ser um país adiado. E a resposta mais evidente para a sua pergunta é o facto de hoje os filhos da Guiné estarem a arregimentar-se e a organizar-se para colocar o país na senda do progresso. Isso é sinal de que se pode fazer mais e melhor e de que há uma margem de manobra para mudar o status quo que chegou a ser, numa determinada fase da nossa história recente, de desesperança. Acredito que havendo patriotismo sentimental lograremos a desejável mudança.
4-Conosaba: Com uma zona económica exclusiva de 200 milhas, dizem que a Guiné-Bissau possui recursos haliêuticos, madeiras, fosfato, bauxite e até mesmo petróleo que ultrapassa todas as expectativas, recursos que a longo prazo poderão assegurar a sua sobrevivência, concorda?
JS: A Guiné-Bissau possui tudo isso e mais. Mas a sobrevivência de um país não depende tanto dos recursos naturais. Depende mais da capacidade dos seus filhos e da vontade que possam ter em criar condições para a elevação do nível de vida das pessoas. Como dizia anteriormente, o importante não é ter recursos. É fazer com que as pessoas possam usufruir dos benefícios da exploração desses recursos. Mesmo só com o turismo nós poderíamos sobreviver como país. Mas tem que ser um turismo que não prejudique a nossa biodiversidade. Para isso é preciso criar infraestruturas (hospitais apetrechados, ter bons médicos especializados em doenças tropicais, etc. etc). Sabe, mesmo os recursos haliêuticos e o petróleo etc., que referiu, não são inesgotáveis. Daí a importância de fazer uma exploração criteriosa e racional desses recursos e, sobretudo, exercer efetivamente maior vigilância e soberania sobre a nossa Zona Económica Exclusiva (ZEE) e sobre o nosso património natural e cultural. Só dessa maneira estaríamos a defender os interesses do nosso país e dos nossos povos.
5-Conosaba: Acha que a Guiné-Bissau corre o risco de vir a sofrer um outro golpe de Estado?
JS: Não acredito que venha a haver um outro golpe de Estado no meu país. Só se fôssemos burros é que embarcaríamos num outro golpe. O golpe de 12 de Abril foi uma grande lição. Acho que devemos aprender com os erros cometidos e tentar corrigir. Estou convencido de que, doravante, o guineense que tem responsabilidades escolherá sempre a via de diálogo. É claro que o caminho é um caminho estreito ainda, mas com a propensão para o diálogo nacional revelada pela classe política todas as adversidades poderão facilmente ser suplantadas.
6-Conosaba: É desta que a Guiné-Bissau se erguerá para sempre?
JS:Definitivamente… Tenho mais razões para responder afirmativamente do que negativamente. Há neste momento uma grande vontade interna para mudar as coisas. Isso era o que vinha faltando. Sempre dissemos que o primeiro passo para qualquer mudança no nosso país passaria sempre pela manifestação dessa vontade internamente. Isso está a acontecer. A oposição, quando é responsável, faz-se nos parlamentos e não na praça pública. Em todo o caso, para mim, “erguer para sempre” significa defender os interesses do nosso país e dos nossos concidadãos onde quer que eles se encontrem. É criar condições objetivas e subjetivas para que as pessoas vivam melhor, em paz e segurança.
7-Conosaba: O que se espera do novo governo e a nova presidência da Guiné-Bissau?
JS: Espera-se que Domingos Simões Pereira e José Mário Vaz possam cumprir com as expectativas que os eleitores depositaram neles. E, sobretudo, que durante os seus mandatos possam recuperar a dignidade dos cargos e das funções que vão desempenhar por vontade expressa nas urnas. Ambos devem trabalhar em articulação e rodear-se da melhor nata. As reformas no nosso país não devem resumir-se às preocupações internas. É urgente recuperar a imagem exterior do país e isso só se conseguirá com uma reforma também profunda nesse plano.
8-Conosaba: Entre PAIGC E PRS como vai ser a coabitação? É possível um entendimento no parlamento e na governação no nosso país?
JS: Bom, como sabe, o Partido que ganhou as eleições legislativas é o PAIGC. E com maioria absoluta. Em todo o caso, sou da opinião que entre ambos os partidos (e até alargado a outros) é possível chegar a entendimentos a nível parlamentar e extraparlamentar. Cheguei mesmo a sugerir, numa outra ocasião, que entre estes partidos (e outros do nosso espectro político-partidário) se estabelecessem Pactos de Regime duradoiros. Este entendimento alargado sobre os principais dossiers nacionais é não só absolutamente necessário como indispensável para a pacificação do país e para uma boa e estável governação. Creio que tem havido diligências nesse sentido. Sabe, há já algo que mudou no nosso país. Até agora ninguém sabe quem vai integrar o próximo elenco governamental e pouco ou nada se sabe das diligências que estão a ser feitas a outros níveis. Isso é um bom sinal. Mesmo aqueles rumores e boatos que a partir de uma determinada altura confiscaram o nosso sistema político e institucional parece que de repente terminaram. 
9-Conosaba: Afinal quem tem razão, CEDEAO ou CPLP neste caso de conflito de 12 de Abril de 2012?
JS: Aqui não se trata de fazer juízos de valor sobre quem tem razão e quem não a tem. Mas, é evidente que as posições relativamente a um facto (o golpe de Estado de 12 de Abril de 2012) e a forma de gerir o processo foram, sem dúvida, diferentes. Devo dizer-lhe claramente que, nos tempos que correm, ninguém (nenhuma organização regional, continental ou mundial) em seu pleno juízo aceita tacitamente um golpe de Estado contra qualquer governo legitimado nas urnas. E nessa matéria a margem de manobra será cada vez mais estreita nos próximos tempos. Em todo o caso, acho que o mais relevante nesta altura é lançarmos um olhar em relação ao futuro. E o futuro do nosso país passa necessariamente pelo reforço da nossa participação e posição no quadro dessas duas organizações, defendendo sempre os interesses do nosso país. Temos também acrescidas responsabilidades no que concerne a mudança da imagem do nosso país junto destas duas organizações e no plano exterior, lacto senso.
10-Conosaba: Ramos Horta foi a chave fundamental desta transição na Guiné-Bissau?

JS: Não é fácil para ninguém trabalhar nas condições objetivas e subjetivas que encontrou e em que trabalhou. Mas cumpriu o seu papel. Houve uma transição pacífica e eleições legislativas e presidenciais sem incidentes que permitem para já o país regressar à normalidade constitucional. Que mais se poderia querer? Mas não foi só nesses aspetos que ele trouxe uma vital contribuição. Trouxe Timor Leste para a esfera das relações com a Guiné-Bissau. Como sabe a visita de governantes timorenses a Bissau têm sido frequentes e intensas. A Guiné-Bissau e a Timor Leste podem perfeitamente intensificar essas relações bilaterais e no quadro da CPLP noutros moldes para benefício dos dois povos e países. Acredito que é isso o que vai acontecer havendo vontade político como me parece que vai haver.

11. Conosaba: Disseram-me há pouco tempo, que numa das suas intervenções em Aveiro, pediu às ONG’s que operam na Guiné-Bissau para que deixassem de divulgar imagens das crianças guineenses nofacebook e noutras redes sociais, e foi muito aplaudido. É Verdade?

JS: É verdade. Foi um gesto (um pedido) voluntário, muito pessoal. As crianças da nossa terra, apesar de tudo têm direito à imagem. Sei que não há nenhuma maldade nisso, mas acho que devemos defender também o direito à imagem, à privacidade e à reserva das nossas crianças, sem retirar valor ao trabalho que algumas ONG´s têm feito nosso país.

12-Conosaba: Para findar a nossa entrevista, fala-me um pouco sobre regresso da TAP a Guiné-Bissau...
JS: O regresso da TAP à Guiné-Bissau será um regresso natural de uma companhia com história nas ligações entre a Guiné-Bissau e a sua diáspora europeia. Por isso, na altura própria devemos saudar esse regresso. Contudo, as novas autoridades da Guiné-Bissau não devem colocar de lado a hipótese, havendo condições para isso, de criar uma companhia própria e/ou de criar condições para a entrada na concorrência de outros operadores, de modo a baixar substancialmente os preços das viagens, o que naturalmente interessa aos nossos emigrantes em Portugal e na Europa. Em qualquer circunstância o que deve estar sempre em cima da mesa e motivar as nossas ações nesse domínio e em todos os outros é a defesa do interesse nacional e dos interesses dos nossos compatriotas que vivem e trabalham no exterior.   

Feito por: Pate Cabral Djob