sexta-feira, 3 de maio de 2013

OPINIÃO: GRANDE ENTREVISTA

Aos editores deste espaco que diariamente se empenham para que nos cheguem 
as boas novas da Guine-Bissau, 

Aos leitores que religiosamente o acompanham,
 
A todos aqueles que desejam um verdadeiro progresso nacional, assente no dialogo,
na tolerancia e no direito de informar... sem medo e sem favores, como notam os sul-africanos! 
Porque sem informacao independente nao ha democracia, felicito-vos na ocasiao da data 
dedicada a todos os que em paises de ditadura como a Guine-issau, arriscam as suas vidas 
tentando fazer chegar 'novas' a todos os demais.
Sensivelmente ha coisa de duas semanas 'tropecei' neste vosso blog mas nao me arrependo.
Exorto-vos para que continuem o vosso trabalho que tao bem tem feito.
O que me traz aqui hoje tem a ver com a intervencao de Dahaba Na Walna, que voces 
consideraram uma "grande entrevista", em que este afirma nao haver leis que punam os 
militares. O 'Progresso Nacional' desculpar-me-a mas nao podia estar mais em desacordo
com a vossa qualificacao de, repito, "grande entrevista".
Se o Sr. Dahaba Na Walna e realmente jurista deveria se inteirar de um instrumento 
chamado Constituicao da Republica, que, por acaso, e a mae de todas as leis que se
elaboram num pais e que claramente estabelece a submissao do poder militar ao poder
legitimado nas urnas, ou seja o civil. Alem do mais, nem o ordenamento juridico, nem a
lei que rege a vida military deixam duvidas aquilo que deve ser a conduta dum elemento
das forcas de seguranca no nosso pais. A questao aqui e tao simples quanto esto: o militar 
guineense nao se submete a lei unicamente gracas a sua natureza anarquica e a sua propensao
para a violencia. Querera o Sr. Na Walna dizer que a Guine nao dispoe de tribunais militares? 
So porque nao ha no pais quem o ouse responder nao significa que tem o direito de dizer o 
que bem lhe apetece.
Alai Sidibe